quinta-feira, 28 de março de 2013

Claribalte Passos - 90 Anos de Um Conterrâneo

Neste último dia 25 de março, se vivo estivesse, o escritor, compositor, jornalista, advogado e folclorista caruaruense (meu conterrâneo...) estaria fazendo 90 anos.


*Claribalte Passos e Dorival Caymmi, anos 50

Formou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais mas acabou seguindo a carreira de jornalista. Em 1944, mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar no jornal Folha Carioca. Teve uma coluna sobre música popular na revista Carioca. Atuou ainda nas revistas "Noite Ilustrada", "Cena Muda" e "Revista da Semana", e nos jornais Vanguarda, Diário Carioca e Folha de Minas. Escreveu ainda uma coluna musical na fase inicial do jornal Última Hora. De 1955 a 1966 foi redator e colunista do jornal carioca Correio da Manhã. Foi supervisor de imprensa do Departamento de Discos da RCA Victor Rádio S/A.

Foi chefe da Divisão de Informações do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), no Rio de Janeiro. Dirigiu a revista Brasil Açucareiro. Foi filiado à Sbacem e ao sindicato dos músicos do Rio de Janeiro.

Em 1969, foi eleito para a vaga de Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, no Conselho Superior de Música Popular Brasileira do Museu da Imagem e do Som. Pertenceu à Ordem dos Músicos do Brasil e foi um dos fundadores da Orquestra Sinfônica Brasileira, da qual exerceu o cargo de Diretor-Secretário. Em 1973, foi eleito por unanimidade para a Academia Pernambucana de Letras.

Curiosamente, uma música de sua autoria foi incluída no primeiro disco prensado no Brasil e na América do sul, o "Carnaval em Long Playing", pela Capitol, em 1951.


*Primeiro LP prensado na América do sul - primazia brasileira - ainda no formato em 10 polegadas


Compôs sambas, valsas e boleros, além de versões para fox e beguines. Entre seus principais parceiros esteve o maestro Lírio Panicali.

Em 1950, teve a marcha "Minha linda lusitana", com Jorge Murad e o frevo-canção "Morena de Copacabana" gravados pelas Irmãs Meireles na Sinter. No mesmo ano, e na mesma gravadora, os sambas "Ornamento do mundo", com Sátiro de Melo e Jorge Murad, e "Arte do diabo", com Sátiro de Melo, foram gravados por Carlos Tovar, e a marcha "Gegê", com Antônio Valentim dos Santos, gravada por Marion. Esta marcha por sinal, foi uma das composições daquele ano a sauda a volta do presidente Getúlio Vargas ao poder. No ano seguinte, a cantora Elda Mayda gravou o bolero "Si um dia tu quizieras", com Almeida Rego; Ernâni Filho o fox "Lua azul", versão do fox "Blue moon", de Rodgers e Hart, e Mary Gonçalves o bolero "Aquele beijo", com Lírio Panicali, os três na gravadora Sinter. Teve ainda o samba "Leonor", com Marino Pinto e Lírio Panicali, gravado também na Sinter por Sílvio Caldas. Também em 1951, a "Marcha de Copacabana" foi cantada pelas Irmãs Meireles e incluída no primeiro LP lançado no Brasil, "Carnaval em long-playing", do selo Capitol-Sinter.

Em 1952, sua marcha "Meu cavalo Alumínio", com Lírio Panicali, foi gravada na Sinter por José Menezes. No mesmo ano, fez o beguine "Meu coração é seu", versão para a música "My heart is yours", do norte americano Rodgers, gravado pela cantora Zezé Gonzaga, e a versão "Só penso em você", para música de Al Dubin, gravada por Neusa Maria, as duas na Sinter.

Em 1953, sua marcha "Ferro velho", com Celso Garcia, e o samba "Ciúme" foram gravados pelas Irmãs Vocalistas, o samba-canção "Não sei" foi lançado por Alda Perdigão, e o samba "A luz dos teus olhos" foi gravado por Leni Caldeira. No ano seguinte, a cantora Neusa Maria gravou o bolero "Somente ilusão". Em 1955, teve a "Valsa da formatura", parceria com o maestro Lírio Panicali, gravada por Jorge Goulart na Continental. Dois anos depois o samba "Centenário de Caruaru" foi gravado na Continental pela Bandinha 19 de Abril. Em 1956, o frevo-canção "Dê um pulinho pra cá" foi gravado na Polydor por Coro e Orquestra. Três anos depois a valsa "Natal" foi registrada na Polydor pela cantora Dalva de Andrade.

Em 1961, seu samba "O samba brasileiro" foi gravado por Elza Soares no LP "A bossa negra", da Odeon. Na mesma época, esse samba foi regravado na Mocambo por Carmélia Alves no LP "Bossa nova com Carmélia Alves", e também por Walter Wanderley e seu conjunto em disco de 78 rpm. Fez o frevo "Recife 400 anos", que deu nome ao LP gravado por Severino Araújo e Orquestra Tabajara em homenagem aos 400 anos da cidade de Recife e lançado pela Continental em 1961. Compôs em 1963 o "O samba brasileiro nº 2", gravado na CBS pelo cantor Joel Rosa. Dois anos depois, lançou o estudo " Folclore e tradição". Em 1966, publicou o livro "A cana de açúcar no folclore" e no ano seguinte, "Judith Cleason e o folclore do negro no Brasil". Em 1968, publicou o estudo "Música popular brasileira". Nesse ano, escreveu o prefácio para o livro "Prelúdio da cachaça", de Câmara Cascudo, editado pelo Instituto do Açúcar e do Álcool. Em 1969, publicou o livro "Raízes folclóricas na música popular moderna", lançando dois anos depois, "Alfenim: açúcar com alma de gente".

Em 1972, lançou o livro "Valdevino Felicidade - filósofo do engenho", e no ano seguinte " A arte da xilogravura na terra do açúcar".

Teve músicas gravadas por Zezé Gonzaga, Neusa Maria, Mary Gonçales, José Menezes, Elza Soares e Carmélia Alves, entre outros. Seu maior sucesso foi "O samba brasileiro" que teve mais de dez gravações inclusive uma nos Estados Unidos.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
Fotos retiradas da internet

quinta-feira, 21 de março de 2013

Sesquicentenário do Chopin Brasileiro - Ernesto Nazareth

Se o grande Ernesto Nazareth estivesse vivo, teria completado ontem (20/03) 150 anos. Ernesto Júlio de Nazareth (Rio de Janeiro, 20 de março de 1863 — 1º de Fevereiro de 1934) foi um pianista e compositor brasileiro, considerado um dos grandes nomes do Tango Brasileiro, atualmente (desde a década de 20 do século XX) considerado um subgênero do choro.


*Ernesto Nazareth aos 43 anos


BIOGRAFIA

Ernesto Nazareth nasceu na casa nº 9 da Rua do Bom Jardim (atual Rua Marquês de Sapucaí), na encosta do então Morro do Nheco (hoje Morro do Pinto), na região do Porto do Rio de Janeiro. Era filho do despachante aduaneiro Vasco Lourenço da Silva Nazareth e de D. Carolina Augusta da Cunha Nazareth. Sua mãe foi quem lhe apresentou ao piano e lhe ministrou as primeiras noções do instrumento, mas após a sua morte, em 1874, Nazareth passou a receber lições de Eduardo Rodolpho de Andrade Madeira, amigo da família, e, mais tarde, lições de Charles Lucien Lambert, um afamado professor de piano de Nova Orleans, radicado no Rio de Janeiro e grande amigo de Louis Moreau Gottschalk.



Louis Moreau Gottschalk (1829-1869)


Aos 14 anos compôs sua primeira música, a polca-lundu "Você bem sabe", editada, no ano seguinte, pela famosa Casa Arthur Napoleão.

Em 1879, escreveu a polca "Cruz, perigo!!". Em 1880, com 17 anos de idade fez sua primeira provável apresentação pública, no Club Mozart. No ano seguinte, compôs a polca "Não caio noutra!!!", seu primeiro grande sucesso, com diversas reedições. Em 1885, apresentou-se em concertos em diferentes clubes da corte. Em 1893, a Casa Vieira Machado lançou uma nova composição sua, o tango "Brejeiro", com o qual alcançou sucesso nacional e até mesmo internacional, sendo pulicada em Paris e nos EUA em 1914.
Em 14 de julho de 1886, casou-se com Theodora Amália Leal de Meirelles, com quem teve quatro filhos: Eulina, Diniz, Maria de Lourdes e Ernestinho.


*Theodora Amália, esposa de Nazareth (c. 1875)


Seu primeiro concerto como pianista realizou-se em 1898. No ano seguinte foi feita a primeira edição do tango "Turuna". Em 1902, teve sua primeira obra gravada, o tango brasileiro "Está Chumbado" pela Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Em 1904 sua composição "Brejeiro" foi gravada pelo cantor Mário Pinheiro com o título de "O sertanejo enamorado", com letra de Catulo da Paixão Cearense. Em 1908, começou a trabalhar como pianista na Casa Mozart. No ano seguinte, participou de recital realizado no Instituto Nacional de Música, interpretando a gavotta "Corbeille de fleurs" e o tango característico "Batuque".



Em 1919, começou a trabalhar como pianista demonstrador da Casa Carlos Gomes à Rua Gonçalves Dias, de propriedade do também pianista e compositor Eduardo Souto, com a função de executar músicas para serem vendidas. Na época, a maneira mais comum de se tomar conhecimento das as novidades musicais era através das casas de música e seus pianistas demonstradores. Não havia rádio, os discos eram raros, e o cinema, mudo. Em 1919, a Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro gravou os tangos "Sarambeque" e "Menino de ouro" e a valsa "Henriette". E em 1920, Heitor Villa-Lobos dedicou a ele a peça "Choros nº 1", para violão.




Intérprete constante de suas próprias composições, Nazareth apresentava-se como pianista em salas de cinema, bailes, reuniões e cerimônias sociais. De 1909 a 1913, e de 1917 a 1918, trabalhou na sala de espera do antigo Cinema Odeon (anterior ao prédio moderno da Cinelândia), onde muitas personalidades ilustres iam àquele estabelecimento apenas para ouvi-lo. Foi em homenagem à famosa sala de exibições que Nazareth batizou sua composição mais famosa, o tango "Odeon". No mesmo Cine Odeon travou conhecimento, entre outros, com o pianista Arthur Rubinstein e com o compositor Darius Milhaud, que viveu no Brasil entre 1917 e 1918 como secretário diplomático da missão francesa.



"Seu jogo fluido, desconcertante e triste ajudou-me a compreender melhor a alma brasileira", declarou Milhaud sobre Ernesto Nazareth. Trechos de canções de Nazareth foram citadas por Milhaud em seu balé Le Boeuf sur le Toit (O Boi no Telhado) e a suíte "Saudades do Brasil".

Em 1922 foi convidado pelo compositor Luciano Gallet a participar de um recital no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, onde executou seus tangos "Brejeiro", "Nenê", "Bambino" e "Turuna". Esta iniciativa encontrou resistência, tendo sido necessária a intervenção policial para garantir a realização do concerto.

Em 1926, Nazareth embarcou para uma turnê no estado de São Paulo, que foi planejada inicialmente para durar 3 meses, mas acabou se prolongando por 11 meses, com concertos na Capital, Campinas, Sorocaba e Tatuí. Tinha então 63 anos, e foi a primeira vez que saiu do estado do Rio de Janeiro. Foi homenageado pela Cultura Artística de São Paulo e tocou no Conservatório Dramático e Musical de Campinas.

Apresentou-se no Teatro Municipal de São Paulo, sendo precedido por uma conferência do escritos e musicólogo Mário de Andrade, sobre sua obra, na qual afirmou: "Por todos esses caracteres e excelências, a riqueza rítmica, a falta de vocalidade, a celularidade, o pianístico muito feita de execução difícil, a obra de Ernesto Nazaré se distancia da produção geral congênere. É mais artística do que a gente imagina pelo destino que teve, e deveria estar no repertório dos nossos recitalistas. Posso lhes garantir que não estou fazendo nenhuma afirmativa sentimental não. É a convicção desassombrada de quem desde muito observa a obra dele. Se alguma vez a prolixidade encomprida certos tangos, muitas das composições deste mestre de dança brasileira são criações magistrais, em que a força conceptica, a boniteza da invenção melódica, a qualidade expressiva, estão dignificadas por uma perfeição de forma e equilíbrio surpreendentes". Em 1927, Nazareth retornou ao Rio de Janeiro.




Foi um dos primeiros artistas a tocar Rádio Sociedade (atual Rádio MEC do Rio de Janeiro). Em 1930, concluiu sua última composição, a valsa "Resignação". No mesmo ano, gravou ao piano a polca "Apanhei-te, cavaquinho" e os tango brasileiros "Escovado", "Turuna" e "Nenê" de sua autoria. Em 1932, apresentou um recital só com músicas de sua autoria em um concerto precedido por uma conferência de Gastão Penalva. Neste mesmo ano realizou uma turnê pelo sul do país.

Vivia em uma casa no bairro de Ipanema desde 1917. Nos final dos anos 1920, seu problema de audição é agravado, sendo resultante de uma queda que sofreu na infância. Em 1932 é diagnosticado como portador de sífilis e em 1933 é internado na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá.

No dia 1 de fevereiro de 1934, Nazareth fugiu do manicômio. Seu corpo só foi encontrado três dias depois, em estado de decomposição, próximo a uma cachoeira. Foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier, no Caju, mesma região da cidade onde nasceu.



Deixou 211 peças completas para piano. E suas obras mais conhecidas são: "Apanhei-te, cavaquinho", "Ameno Resedá" (polcas), "Confidências", "Coração que sente", "Expansiva", "Turbilhão de beijos" (valsas), "Odeon", "Fon-fon", "Escorregando", "Brejeiro" "Bambino" (tangos brasileiros).

Nota: No fim do século XIX e começo do XX, a palavra "choro" designava não um gênero, mas certos conjuntos musicais (compostos de flauta, cavaquinho e violões) que animavam festas (forrobodós) tocando polcas, lundus, habaneras e mazurcas e outros gêneros estrangeiros de uma maneira sincopada. O tango Brasileiro foi criado pelos chorões como uma variante altamente sincopada da habanera, gênero cubano que também era chamado tango-habanera, e que na sua variante brasileira passou a ser chamado tango brasileiro. Na sua forma de música de dança passou a ser designado de maxixe, dança proibida ou mal vista na época de Nazareth. Dava-se o nome de "Tango Brasileiro" para se esconder a relação com o maxixe dessas composições. Alguns relatos afirmam também uma diferença com relação a harmonia, sendo a do Tango Brasileiro um pouco mais complexa do que de seu "irmão", o Maxixe.

Fonte: Linha do tempo da vida de Ernesto Nazareth (http://www.ernestonazareth150anos.com.br/Events)

IMPORTÂNCIA MUSICAL


Suas composições, apesar de extremamente pianísticas, por muitas vezes retrataram o ambiente musical das serestas e choros, expressando através do instrumento a musicalidade típica do violão, da flauta, do cavaquinho, instrumental característico do choro, fazendo-o revelador da alma brasileira, ou, mais especificamente, carioca. A esse respeito, diz o musicólogo Mozart de Araújo: "As características da música nacional foram de tal forma fixadas por ele e de tal modo ele se identificou com o jeito brasileiro de sentir a música, que a sua obra, perdendo embora a sua funcionalidade coreográfica imediata, se revalorizou, transformando-se hoje no mais rico repositório de fórmulas e constâncias rítmico-melódicas, jamais devidas, em qualquer tempo, a qualquer compositor de sua categoria". Na produção musical do compositor, destacam-se numericamente os tangos (em torno de 90 peças), as valsas (cerca de 40) e as polcas (cerca de 20), destinando-se o restante a gêneros variados como mazurcas, schottisches, marchas carnavalescas etc. É sabido que o compositor rejeitava a denominação de maxixe a seus tangos, distinguindo-se daquele fundamentalmente pelo caráter pouco coreográfico e predominantemente instrumental de sua obra. Deve-se ainda ressaltar em sua produção a influência de compositores europeus, notadamente de Chopin, compositor cuja obra se dedicou a estudar meticulosamente e cuja inspiração se reflete, sobretudo, na elaboração melódica de suas valsas.



Ernesto Nazareth ouviu os sons que vinham da rua, tocados por nossos músicos populares, e os levou para o piano, dando-lhes roupagem requintada. Sua obra se situa, assim, na fronteira do popular com o erudito, transitando à vontade pelas duas áreas. Em nada destoa se interpretada por um concertista, como Arthur Moreira Lima, ou um chorão como Jacob do Bandolim. O espírito do choro estará sempre presente, estilizado nas teclas do primeiro ou voltando às origens nas cordas do segundo. E é esse espírito, essa síntese da própria música de choro, que marca a série de seus quase cem tangos-brasileiros, à qual pertence "Odeon".

Mário de Andrade assim definiu Nazareth: "compositor brasileiro dotado de uma extraordinária originalidade, porque transita com fôlego entre a música popular e erudita, fazendo-lhe a ponte, a união, o enlace".

Em 2004, por ocasião dos 70 anos da morte do compositor, a STV em parceria com a produtora paulistana We Do Comunicação apresentou o documentário "Ernesto Nazareth", com direção de Dimas de Oliveira Junior e Felipe Harazim, refazendo a trajetória artística do compositor desde seu primeiro sucesso, "Você bem sabe", de 1877, quando tinha 14 anos. Estão presentes no documentário declarações das pianistas Eudóxia de Barros e Maria Teresa Madeira, do compositor Osvaldo Lacerda, e do biógrafo Luiz Antonio de Almeida, entre outros.

COMPOSIÇÕES:

1922, tango brasileiro
A Bela Melusina, polca
A flor de meus sonhos, quadrilha
A florista, cançoneta
A Fonte do Lambary, polca
A Fonte do Suspiro, polca
Adieu, romance sem palavras
Alerta!, polca
Ameno Resedá, polca
Andante expressivo, andante expressivo
Apanhei-te, cavaquinho, polca
Arreliado, tango brasileiro
Arrojado, samba
Arrufos, schottisch
Até que enfim..., fox-trot
Atlântico, tango brasileiro
Atrevidinha, polca
Atrevido, tango brasileiro
Bambino, tango brasileiro
Batuque, tango característico
Beija-flor, polca
Beija-flor, tango brasileiro
Bicyclette-club, tango brasileiro
Bombom, polca
Brejeira, valsa brasileira
Brejeiro, tango brasileiro
Caçadora, polca
Cacique, tango brasileiro
Canção cívica, Rio de Janeiro hino
Capricho, capricho
Cardosina, valsa
Carioca, tango brasileiro
Catrapus, tango brasileiro
Cavaquinho, por que choras?, choro brasileiro
Celestial, valsa
Chave de ouro, tango brasileiro
Chile-Brasil, quadrilha
Comigo é na madeira, samba
Confidências, valsa
Coração que sente, valsa
Corbeille de fleurs, gavota
Correta, polca
Crê e espera, valsa
Crises em penca!..., samba
Cruz, perigo!!, polca
Cruzeiro, tango brasileiro
Cubanos, tango brasileiro
Cuéra, polca-tango
Cuiubinha, polca-lundu
Cutuba, tango brasileiro
De tarde (incompleta), música dramática
Delightfulness (Delícia), fox-trot
Dengoso, maxixe
Desengonçado, tango brasileiro
Digo, tango característico
Dirce, valsa capricho
Divina, valsa
Dor secreta, valsa lenta
Dora valsa,
Duvidoso, tango brasileiro
Elegantíssima, valsa capricho
Elegia (para mão esquerda), elegia
Elétrica, valsa rápida
Elite-club, valsa brilhante
Encantada, schottisch
Encantador, tango brasileiro
Eponina, valsa
Escorregando, tango brasileiro
Escovado, tango brasileiro
Espalhafatoso, tango brasileiro
Españolita, valsa espanhola
Está chumbado, tango brasileiro
Eulina, polca-lundu
Expansiva, valsa
Êxtase, romance
Exuberante, marcha carnavalesca
Faceira, valsa
Famoso, tango brasileiro
Fantástica, valsa brilhante moderna
Favorito, tango brasileiro
Feitiço, tango brasileiro
Feitiço não mata, chorinho carioca
Ferramenta, fado português
Fidalga, valsa
Floraux, tango brasileiro
Fon-fon!, tango brasileiro
Fora dos eixos, tango carnavalesco
Fraternidade (incompleta), hino infantil
Furinga, tango brasileiro
Garoto, tango brasileiro
Gaúcho, tango brasileiro
Gemendo, rindo e pulando, tango brasileiro
Genial, valsa
Gentes! O imposto pegou?, polca
Gentil, schottisch
Gotas de ouro, valsa
Gracietta, polca
Guerreiro, tango brasileiro
Helena, valsa
Henriette, valsa
Hino ao Sr. Prefeito Alaor Prata, hino
Hino da cultura de afeto às nações, hino
Hino da escola Bernardo de Vasconcellos, hino
Hino da escola Esther Pedreira de Mello, hino
Hino da escola Floriano Peixoto, hino
Hino da escola Pedro II, hino
Ideal, tango brasileiro
If I am not mistaken, fox-trot
Improviso, estudo para concerto
Insuperável, tango brasileiro
Ipanema, marcha brasileira
Iris, valsa
Jacaré, tango carnavalesco
Jangadeiro, tango brasileiro
Janota, choro brasileiro
Julieta, valsa
Julieta, quadrilha
Julita, valsa
Labirinto, tango brasileiro
Laço azul, valsa
Lamentos, meditação sentimental
Magnífico, tango brasileiro
Mágoas, meditação
Maly, tango brasileiro
Mandinga, tango brasileiro
Marcha fúnebre, marcha fúnebre
Marcha heroica aos 18 do forte, marcha heróica
Mariazinha sentada na pedra!..., samba carnavalesco
Marietta, polca
Matuto, tango brasileiro
Meigo, tango brasileiro
Menino de ouro, tango brasileiro
Mercêdes, mazurca de expressão
Mesquitinha, tango característico
Myosótis, tango brasileiro
Não caio noutra!!!, polca
Não me fujas assim, polca
Nazareth, polca
Nenê, tango brasileiro
No jardim, marcha infantil
Noêmia, valsa
Noturno, noturno
Nove de julho, tango argentino
Nove de maio, fox-trot
O alvorecer, tango de salão
O futurista, tango brasileiro
O nome dela, polca
O nome dela, grande valsa brilhante
O que há?, tango brasileiro
Odeon, tango brasileiro
Onze de maio, quadrilha
Orminda, valsa
Os teus olhos cativam, polca
Ouro sobre azul, tango brasileiro
Pairando, tango brasileiro
Paraíso, tango estilo milonga
Pássaros em festa, valsa lenta
Pauliceia, como és formosa!..., tango brasileiro
Perigoso, tango brasileiro
Pierrot, tango brasileiro
Pinguim, tango brasileiro
Pipoca, polca
Plangente, tango brasileiro (com estilo habanera)
Podia ser pior tango brasileiro
Polca (para mão esquerda) polca-tango
Polonesa polonesa
Por que sofre?..., tango meditativo
Primorosa, valsa
Proeminente, tango brasileiro
Pyrilampo, tango brasileiro
Quebra-cabeças, tango brasileiro
Quebradinha, polca
Ramirinho, tango brasileiro
Ranzinza, tango brasileiro
Rayon d'or, polca-tango
Reboliço, tango brasileiro
Recordações do passado, valsa
Remando, tango brasileiro
Resignação, valsa lenta
Retumbante, tango brasileiro
Rosa Maria, valsa lenta
Sagaz, tango brasileiro
Sarambeque, tango brasileiro
Saudação ao Dr. Carneiro Leão, hino
Saudade, valsa
Saudade dos pagos, canção
Saudades e saudades..!!, marcha
Segredo, tango brasileiro
Segredos da infância, valsa
Sentimentos d'alma, valsa
Soberano, tango brasileiro
Suculento, samba brasileiro
Sustenta a... nota..., tango brasileiro
Sutil, tango brasileiro
Talismã, tango brasileiro
Tango-habanera, tango-habanera
Tenebroso, tango brasileiro
Thierry, tango brasileiro
Topázio líquido, tango brasileiro
Travesso, tango brasileiro
Tudo sobe!..., tango carnavalesco
Tupynambá, tango brasileiro
Turbilhão de beijos, valsa lenta
Turuna, grande tango característico
Vem cá, branquinha, tango brasileiro
Vésper, valsa
Vitória, marcha
Vitorioso, tango brasileiro
Você bem sabe, polca-lundu
Xangô, tango brasileiro
Yolanda, valsa
Zica, valsa
Zizinha, polca

DISCOGRAFIA DE ERNESTO NAZARETH COMO INTÉRPRETE:

Ernesto Nazareth (piano), Pedro de Alcântara (flautim)
1912 - "Odeon" (78-RPM Odeon Record 108.791)
1912 - "Favorito" (78-RPM Odeon Record 108.790)
1912 - "Linguagem do coração", de Joaquim Callado (78-RPM Odeon 108.789)
1912 - "Choro e poesia", de Pedro de Alcântara (78-RPM Odeon 108.788)
Ernesto Nazareth (piano solo)
1930 - "Apanhei-te, cavaquinho" (78-RPM Odeon 10.718-a)
1930 - "Escovado" (78-RPM Odeon 10.718-b)
1930 - "Nenê" (matriz Odeon 3940, considerada "prova má" na época, e só lançada comercialmente em 1986 no LP "Os Pianeiros", FENABB 114)
1930 - "Turuna" (matriz Odeon 3942, considerada "prova má" na época, e só lançada comercialmente em 1986 no LP "Os Pianeiros", FENABB 114)

TRIBUTOS:

*Livros:

fonte: bibliografia do site www.ernestonazareth150anos.com.br

ALMEIDA, LUIZ ANTÔNIO DE. ERNESTO NAZARETH – VIDA E OBRA (MANUSCRITO NÃO PUBLICADO).
ANDRADE, MÁRIO DE. "ERNESTO NAZARÉ" (1926). LN: MÚSICA, DOCE MÚSICA. SÃO PAULO: L. G. MIRANDA, 1934.
COSTA, HAROLDO. ERNESTO NAZARETH - PIANEIRO DO BRASIL. RIO DE JANEIRO: ND COMUNICAÇÃO. 2005.
DINIZ, JAIME C. NAZARETH - ESTUDOS ANALÍTICOS. RECIFE: DEPARTAMENTO DE EXTENSÃO CULTURAL E ARTÍSTICA, 1963.
MACHADO, CACÁ. O ENIGMA DO HOMEM CÉLEBRE: AMBIÇÃO E VOCAÇÃO DE ERNESTO NAZARETH. SÃO PAULO: INSTITUTO MOREIRA SALLES, 2007.
PEQUENO, MERCEDES REIS (ORG.). 1963. CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA DO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE ERNESTO NAZARETH (1863-1934). RIO DE JANEIRO: BIBLIOTECA NACIONAL, 1963.
SIQUEIRA, BAPTISTA. ERNESTO NAZARETH NA MÚSICA BRASILEIRA. RIO DE JANEIRO: EDIÇÃO DO AUTOR, 1967.
WISNIK, JOSÉ MIGUEL. “MACHADO MAXIXE”. IN: SEM RECEITA – ENSAIOS E CANÇÕES. SÃO PAULO: PUBLIFOLHA, 2004

*LPs e CDs:

Fonte: discografia do site www.ernestonazareth150anos.com.br

Carolina Cardoso de Menezes interpreta Ernesto Nazareth (LP 10’’) 1952 Sinter (SLP 1007)
Ernesto Nazareth (LP 10’’) 1954 Continental (LP-V-2001)
Jacob Revive Músicas de Ernesto Nazaré (LP 10’’) 1955 RCA Victor (BPL 3001)
Carolina toca Nazareth (Compacto duplo) 1957 Odeon (BWB 1011)
A Música de Ernesto Nazareth para Você Dançar (LP 12’’) 1958 Sinter (SLP-1734)
Ouro Sobre Azul (LP 12’’) 1963 Chantecler (CMG 1017)
Gotas de Ouro (LP 12’’) 1965Chantecler (CMG-1034)
Antologia da Música Romântica Brasileira Vol.2 – Nazareth (LP 12’’) 1967 Angel (3CBX 438)
Ernesto Nazareth (LP 12’’) 1970 RCA Victor (BBL 1523)
Homenagem a Ernesto Nazareth (LP 12’’) 1973 Continental (SLP 10116)
Arthur Moreira Lima Interpreta Ernesto Nazareth (Nº 1) (LP 12’’ duplo) 1975 Discos Marcus Pereira (MPA 2009) (also MPA 9311-9312)
Arthur Moreira Lima Interpreta Ernesto Nazareth Nº 2 (LP 12’’ duplo) 1977 Discos Marcus Pereira (MPA 9364-9365)
Ernesto Nazareth (LP 12’’) 1978 RGE/Fermata (303.1010)
Os Pianeiros – Antônio Adolfo Abraça Ernesto Nazareth (LP 12’’) 1981 Artezanal (LPA-005)
Arthur Moreira Lima Plays Tangos, Waltzes, Polkas of Ernesto Nazareth (LP 12’’) 1983 Pro Arte Digital (PAD 144) Intersound Incorporated
Obras de Ernesto Nazareth (LP 12’’) 1983 CBS Especial (620.042)
Arthur Moreira Lima Plays Brazilian Tangos and Waltzes of Ernesto Nazareth (LP 12’’) 1984 Pro Arte Digital (PAD-170)
Homenagem a Ernesto Nazareth (LP 12’’) 1984 Independente (FJA-110)
Ernesto Nazareth- Brazilian Piano Music (LP 12’’) 1984 XYMAX Musikproduktions GmbH (29199)
Recordações de um Sarau Artístico (LP 12’’ triplo) 1984 FENABB (108)
Maurício de Oliveira Interpreta Ernesto Nazareth ao Violão (LP 12’’) 1985 Promocional, em comemoração dos 50 anos da Fundação Jônice Tristão (LP- G 001)
Obras de Ernesto Nazareth (Vol.1) (LP 12’’) 1986 Promocional - Main Engenharia S.A. (529.404.343)
Obras de Ernesto Nazareth (Vol.2) (LP 12’’) 1986 Promocional - Main Engenharia S.A. (529.404.342)
Ernesto Nazareth Inédito (LP 12’’) 1987 Arsis (992 604-1)
Piano Music by Ernesto Nazareth (CD) 1987 Music Matters
Odeon – Músicas de Ernesto Nazareth (LP 12’’) 1989 UFRJ (803.908)
Ernesto Nazareth – Série Inesquecível- Grandes Compositores (LP 12’’) 1990 RGE (320.6101)
Tributo a Ernesto Nazareth (CD) 1993 Karmim (KPCD002)
Nazareth- Grupo Corpo Companhia de Dança (CD) 1993 Independente (GC Nº 001)
Nazareth - Brazilian Tangos & Waltzes (CD) 1995 GHA (126.028)
Ernesto Nazareth- Tango Brasileiro (CD) 1995 Victor (PRCD 5158)
Ernesto Nazareth- Tango Brasileiro, valsa & polca (CD) 1996 Doremi (ACD-1379)
Sempre Nazareth (CD) 1997 Kuarup (KCD095)
Tango Brasileiro (CD) 1997 Project Music & Media (230)
Ernesto Nazareth – Doze Valsas e oito Peças para Piano (CD) 1998 Repertório Rádio MEC No.15 (SOARMEC S015)
Tango Brasileiro (CD) 1998 Viridiana Productions (VRD 2008)
Tango Brasileiro! (CD) 1998 Finlandia Records (3984-21447-2)
Paulo Romário refletindo Ernesto de Nazareth (CD) 1998 Independente (NM 212798)
Brazilian Delights (CD) 1998 Independente (186334934)
Tangos Brasileiros (CD) 2001 ORBIS Productions (ORB 2001)
Confidências (CD) 2002 Independente (sem número)
O Piano Erudito de Ernesto Nazareth (CD) 2002
Ernesto Nazareth (1) (Mestres Brasileiros Vol.3) (CD) 2003 Sonhos e Sons (SSCD051)
Ernesto Nazareth (2) (Mestres Brasileiros Vol.4) (CD) 2003 Sonhos e Sons (SSCD052)
Anima Brasiliana (CD) 2004 Pan Pot Records (número desconhecido)
Ernesto Nazareth: Tangos, Waltzes and Polkas (CD) 2005 Naxos (8.557687)
E. Nazareth- Pieces pour piano/Piano Works (CD) 2005 Solstice (SOCD 224)
Ernesto Nazareth (CD) 2005 ND Comunicação Ltda. (sem número)
Ernesto Nazareth – Music for Solo Piano (CD) 2005 Koch Entertainment (KIC-CD-7547)
Ernesto Nazareth Tangos (CD) 2005 Cambria Master Recordings (CD-1152)
Odeon – Tango Brasileiro – Frank French Plays the Tangos of Ernesto Júlio de Nazareth (CD) 2005 Independente (AFF 1028)
Embalada pela Brisa do Rio (CD) 2006 Independente (sem número)
Ernesto Nazareth 1 (Clássicos do Choro Brasileiro) (CD que acompanha livro de partituras) 2007 Choro Music (CCEN01P)
Ernesto Nazareth 2 (Clássicos do Choro Brasileiro) (CD que acompanha livro de partituras) 2007 Choro Music (CCEN02P)
Ernesto Nazareth 3 (Clássicos do Choro Brasileiro) (CD que acompanha livro de partituras) 2008 Choro Music (CCEN03PE)
Músicas Raras de Ernesto Nazareth (MP3 album) 2009 Choro Music (sem número)
Luciano Alves Interpreta Ernesto Nazareth (CD) 2009 Biscoito Fino (BF885)
Ernesto Nazareth - Solo Piano Works (CD) 2009 Quartz Music (QTZ2066)
Ernesto Nazareth por Ronaldo do Bandolim (CD) 2009 Niterói Discos (117)
Nazareth (CD) 2009 Biscoito Fino (BC 240)
Tadeu Borges Interpreta Ernesto Nazareth (CD) 2009 Paulus (010063)
Odeon - Brazilian Dances by Ernesto Nazareth (CD) 2009 Fleur de Son 57989
Nazareth (CD) 2010 Biscoito Fino (BF-976)
Comigo É na Madeira – Obras de Ernesto Nazareth (CD) 2010 Independente (QCCD001)
Nazareth: fora dos eixos (CD) 2012 Independente (sem número)
Giovanni Sagaz interpreta Ernesto Nazareth (DVD) 2012 Independente (sem número)

Fonte: Wikipedia